Poeta sem Regra

  CONSCIÊNCIA É DIFERENTE DE ESPIRITUALIDADE? Venho refletindo, depois de ser a parte involutiva de uma relação que não existia responsabilidade afetiva da parte do homem porque a falta de cuidado com o outro se tornou o modelo ideal de relação, as relações livres e o desapego. Eu me introduzi a essa cultura que dita as regras e até aceitei me limitar com os recursos dessa nova era e desses excessos de liberdade que tem o nome de amor livre e desapego. Eu honro sim o desapego, quando ele é responsável. Eu honro sim o amor livre quando ele é transparente. Quando é maduro. Quando é comunicado antes mesmo de ser beijo.    Quando está explícito na mesa e você consegue expressar quem é e como gosta de viver antes de ser um fantasma na vida de alguém. Antes de deixar alguém te amar e dizer - te amo - sabendo que vai embora sem avisar, ou então que já sabe que prefere a liberdade. Diga logo é mais simples. É menos traumático dizer a verdade. É mais bonito dizer a verdade. Já foi o tempo de

  nem alegre nem triste, poeta, aquela que se aquieta quando chega em casa. e quando eu pensei nessa frase percebi a integridade porque pensei nas casas corpo matéria e espirito, conversando com uma amiga também percebi que nesses últimos dias eu usei tudo e não fui dominada por nada. na cerimónia da ayahuasca eu desbloqueei!  É TREMENDO o que acontece. Acessei lugares antigos dentro de mim porque o amor me surfa a muitas eras. Dancei eterna, dei de nome a estrela - j e s s i c a - era o som primordial do universo. um canto de pele pra me depositar, sonora e efêmera na mesma melodia mulher que nota nenhuma alcança, nem vinga sem sensibilidade. mas achei desnecessário o que o homem falava. é que ciganos dançam. celebram brasileiros suas derrotas. também vi a família de alma limpando a roupa suja que não lavaram antes, nem preservaram as palavras antes e o corpo antes e eu tive que lidar com a vergonha de vocês a me limitar com seus condicionamentos. eu aprendi com a mestra nada que os f

  eu vivi os últimos 20 dias transcendendo.  eu queria dizer pra ele.  o homem que um dia sonhei reencontrar em outra vida, me encontra. a gente pedala juntos e fica em silêncio juntos e vai na cachoeira juntos e ri juntos, eu tbm chorei no primeiro dia porque juntos eu descobri que eu tava tóxica, sem auto amor porque falava de mim de um jeito tão sem amor. e você me mostrou amor ao cuidar de si mesmo. ao cuidar do outro. ao despertar todo dia cedo, rezar, pedalar e contemplar a natureza bela do que és. é por isso que você anda in natura. teus olhos brilham, teu sorriso abre portais luz de reconciliação. no trato, no gesto, no afeto. em quem fala de você. você foi um dos grandes motivos pra eu ir rezar. eu queria te ver. te dar um abraço porque sei que ser nômade exige desapego. exige amar se despedindo e todo dia perto é um presente. eu fiquei de cara, porque não queria me despedir. não queria parar de te olhar e de te abraçar, dai vc me lembra da - paciência- que eu não tenho pra vi

  E u vi na minha pele nessa travessia nômade dos últimos 20 dias na estação verão, integridade, ela me chamou pra dançar e antes me cobriu com seu manto de palavras bonitas. O sagrado em mim é como quando eu escrevia sobre os mundos que eu sentia ocultamente desde muito antes de racionalmente conhecer o caminho da integração. São escadas tão únicas que mesmo que os livros pudessem revelar os segredos de conhecer a si mesmo. Não diz o que é. É que tentamos dizer disso que transborda nossa pele quando estamos integrados. Amando o humano que somos. um respeito. uma reverência muito diferente de dizer amor por si mesmo. É estar em si mesmo. Nos últimos 20 dias eu estive em mim. na percepção sutil de como me expresso, de como eu caminho e falo. de como eu gasto energia pensando nas palavras, nos sentidos em tudo que expresso. quero dizer de mim que sim, estou aqui torta como uma vela derretida pela luz do sol no calor que caminhou meu espírito. quero dizer de mim que quanto mais reta na