o caminho: dói e encanta
Eu tinha um sonho. O caminho não. A vida inteira meu grande sonho era ter alguém que olhasse para minha vida e pensasse: “ nossa que guria inteligente, vou pagar os estudos dela e sua moradia” Podia ser meu pai, minha mãe, qualquer pessoa. Isso nunca aconteceu. O jeito que encontrei para não ser expulsa de casa com 20 anos, foi passar no Enem. Estudava Engenharia de Produção. Ia para a facul 4 dias da semana e fazia estágio na pref. de Igrejinha. As matérias eram: Psicologia I Meio ambiente Filosofia I É para dar aquela sensação de que eu sim ia seguir por esse caminho, escolhi cálculo diferencial e integral 1. Mais porre que a aula era a professora. Debochava de mim quando eu fazia perguntas óbvias, para ela. É legal ressaltar que o óbvio não existe. Pq somos acostumados a condicionar o outro com o que é óbvio para nós ? O óbvio não existe e por isso é nosso dever comunicar ao outro sobre nossos processos, sejam matemáticos, lógicos, emocionais, sexuais, amorosos… Ela ria de mim.