germina em mim


 

lá na minha cidade

todo mundo fala o mesmo idioma

mas ninguém

se entende


não compreende

esse lance de acolher

escolher ser

olhar no olho 

e responder

sobre ser

humano

antes de uma imagem


lá na minha cidade

todo mundo fala o mesmo idioma

mas ninguém

se entende


as vezes passo a tarde vendo meme, as vezes fico pensando..... sabe, a vida anda tão em trapos e amarrada para todos nós em farrapos. a vida é tão curta eu hoje deixo pra lá energias que não contemplam minha presença. a presença virtual é só uma parte pequena, uma segunda parte. parece que eu tinha esquecido disso, então antes de querer arrumar minhas contas do Instagram eu preciso é arrumar minha vida, mas não pra deixar com o feed perfeito é pro meu finde ser perfeito e eu poder esquecer que ela existe mas que está lá em movimento pra expansão das cores , forma, som e luz me enviar na eletricidade que sou. um dinamismo obrigada ao equilíbrio. e vocês vão me chamar de avoada, como se entendessem o que é sentir na pele a emoção de estar viva, aqui onde metáforas valem ouro mas a vida? a vida aceita só pagamento a vista, perdi o crediário porque o destino é um bocado de  ruas líricas mas tão falida de aterramento nos sentimentos harmônicos. na conta do banco. meu plano são só os futuros que eu tô tentando criar. brincar de inventar futuro. cybernetic seguro, investimento alto mas preferia a cypher de eu você pelado no teu quarto e tu fazia breaking de mim, só que mais requebrado. igual eu quando vejo tua boca. estrada perfeita da única rua que eu não posso conhecer em profundidade, porque dobrando essa quebrada eu andaria numa rua passada que faz esquina com a sua. e todos os destinos seriam arruinados, de novo uma semente de amor não germinada porque a terra do meu vaso estava opaca. sem foco. sem vida. quem tem ar em excesso pega mais fogo que o meu sol em leão na casa 11.  mas a vida anda tão em trapos pra eu ficar reclamando sabe,  vou escolher sementes novas pra colocar,  semear em mim, o renascimento porque também é nas terras que os corpos terminam. só esse ano foram mais de 602 mil no brasil. eu continuo aqui. que sorte a minha melanin, de baixo do sol a ver que a flor de qualquer jardim mesmo nova continua germinar. ainda bem que ela não depende do bozo e entende todos os idiomas para continuar crescendo.



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