O que ser artista tem a ver com isso?





Desde que comecei a transitar entre tribos, artes e cultura brasileira eu me deparo com o mesmo desafio

: humanos inseguros. Somos tão inseguros que criamos barreiras convictas de certeza para nos separar

das pessoas. Criamos motivos covardes para separar e fazer da mesma forma que Hitler fez: segregar pessoas.

Escolher.
 Fazer o outro se sentir diminuído com comparações e chek list para entrar no clube osseparatista.com.

 Eu sei que ser artista é bem diferente de amar a humanidade. 
MAS NÃO QUERIA QUE FOSSE.
Porque um significa, euro centrismo, o outro significa: redenção coletiva. 
Quase o oposto, mas não, eles têm algo em comum: a expansão da consciência.

Tem como tirar o -eu- do centro da discussão? indagou a Psicanalista Maria Homem, para artistas não. Para quem ama a humanidade, sim.

Um artista trabalha para si mesmo para ser melhor, seja por motivos de ego ou de amor em sua prática.

 Alguém que ama a humanidade trabalha pelos dois motivos, ainda mais o segundo porque realmente amar a humanidade hoje em dia não tá compensando em nada socialmente, nenhum biscoito é adicionado na vida de quem serve o social por acreditar que a arte vai salvar o mundo. Já sabemos que a recompensa é uma frieza tremenda de quem não conhece o amor. Inclusive percebo nos ambientes que transitei, que quanto mais preservado, mais valorizado o artista se torna.
 Vi almas bonitas nesses territórios. Vi gente vaidade, falando verdades e tão bem alinhadas com a estética que o moderno aceita, vi eles no topo do mais adorado. Fiquei com inveja.

Eu escuto nas conversas que no mundo de hoje está difícil… difícil… mas quando pergunto o que? o que está difícil? cita três exemplos, elas generalizam como se fossem a voz massificada de quem aceita tudo que escuta e não procura em si, verdades originais do que pensa do mundo.

É realmente difícil dialogar com quem não investiga a si mesmo e faz do mundo algo distante de si.

 Você é o reflexo do seu mundo. Mas o óbvio não existe na cena artística Underground. Muito menos na cena de produção cultural regida pelo estado burocrático brasileiro.

Dai me questiono qual o papel da arte nisso tudo?

A lírica das ruas me ensinou o poder da palavra, da sintonia, do respeito, do escutar, mas quando saio pra unir pessoas para seguir na mesma direção, encontro tantas inseguranças e barreiras que eu fico me perguntando, como assim? o que ser artista tem a ver com isso? nada.

Arte é inclusão, permissão para ver mais poeticamente. Permissão para usar lentes de aumento fantástico. Ser surreal mesmo que dure 3 minutos enquanto eu recito uma poesia.

Mas por aqui, todos parecem dormir num sono pesado de sonhos magoas esquisito. 

Alguém me diz, como curar humanos inseguros? e teje dito que nunca mais andaremos em direções opostas. Porque todo artista quer ser ouvido, reconhecido, visto, lembrado, valorizado, quer ser coletivo - mesmo negando - para si mesmo a necessidade de sua alma:




Brilhar, brilhar, brilhar.

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