Barreiras x sensibilidade
Criamos barreiras, nosso espelho cósmico vem refletindo, poeira
a sujeira do meu inconsciente eu to iluminando com perdão
mas amor, tua mão, ta tão distante
Minhas fantasias cavalgando no tempo
e no vento eu deixei minha voz ecoar, passar, sumir
Ninguém me pediu nada
Eu sempre entrego tudo
E ser forte é mais uma prece mínima para iniciar o dia
Ninguém entende minha melancolia
é como pedir para o mecânico parar de usar a gracha
Porque pulsa na pele e não passa?
Ser poeta é desencontrar
Você sai por aí doando amor a quem não pede
e quem te cede, você exige demais
Até que o amor canse, de correr atras
e dance no seu próprio tempo
Um dia me falaram que a dor é aliada
Na minha casa, ela é pilar
Esta sempre afiada
ou afiando,
sempre confio,
desconfiando
Ser poeta
Andar indiscreta
Andar de portas e coração aberta
Viver cada gosto de lágrima
e a coragem palpita no coração de quem pede
Criamos barreiras, até no dia da minha liberdade pequena
Serena é a musa, poesia, me deixa entrar?
Criamos barreiras para nós mesmos
será que poderemos superar?
Ninguém entende
Ninguém sente
Ninguém se importa
Mas afinal o lado bom dessa barreira que vivo agora?
Encontrar o silêncio
Encontrei o silencio hoje pela manhã e todo aprendizado destes dias se findou naquele instante.
Onde me dei conta de como cada palavra é realmente importante.
Buscar a expressão como forma de arte vai me exigir consciência em cada palavra.
Então, eu mudei.
Me torno essa que de agora em diante se torna adepta do silêncio e das poucas palavras para expressar.
A dor que me carrega, me torna mais disponível a mim mesma.
Toda a vida se define em presenciar sua totalidade, reler Jung por esses dias, me trouxe paz e acalanto ao coração. Nunca fui bem em me expor, (apesar de ser uma ótima atriz) hoje percebo que a única coisa que realmente preciso fazer é me aceitar, poeta, introvertida e extrovertida. Pensar demais cansa e causa estresse.
Ser representante da sensibilidade é meu papel na Terra e vou até a ultima lagrima honrando a musa.
O que me torno dia a dia, tão pouco importa, mas ser a porta voz da sensibilidade é minha missão.
Me vejo futuramente como uma sábia!
Eu sei o que carrego no coração, me enchi de amor. E vou persistir mesmo com esse sapo na minha garganta. Sou a voz daquele que sente profundamente e ama ser assim. Mesmo sendo pisoteado pelo mundo externo. O grande segredo é conhecer a si mesmo. Os processos externos cansam demais e hoje em dia a informação soterra o pensamento do vivo, nossa mente não tem espaço para crescer saudável.
Como poderemos então viver nossa sensibilidade?
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