Serenata de rap, amor : eu - resistente como a formiga. Caio alto. Paro nunca.

 

Uma serenata de rap
de baixo da noite mais banal da minha primavera
olhos que pareciam janelas de luz
para uma mulher selvagem
uma gota de amor 
oceânico e vivo
emergiu no solo raso
paraíso
novas vidas da mulher
que rima menos que ama
que canta mais que declama
se tem alma anima
se tem boca beija
se tem certo erra
se erra passa
se tem amor continua
se tem vaidade deixa ir
se tem tesão desce em mim
se tem carinho fica
e se ficar deixa verdade participar ?

sobre um dia em Curitiba que a crônica do Fabrício Carpinejar voltou na minha memória. Uma vez eu li que amor e sexo podiam ser medidos no primeiro encontro. Um iria tirar sua roupa, o outro, colocar.  Sonho com o dia em que iremos viver o amor com a mesma transparência que nos olhamos no espelho.

 Encarando nossos desejos reprimidos, nossas sensações estranhas e a química que vai além da nossa compreensão humana. Ser presença quando presença e lealdade quando compromisso, falar do que sente sexualmente, sem medo de ser abandonado e rejeitado porque sentiu alguma química imprevista, é sobre respeito quando distância e compreensão quando erra. E como eu vejo  amor é sobre conversar até fazer parar as horas. 

Quem dera eu elaborasse a razão como elaboro o amor...

Quem dera essa serenata de rap durasse quando você resolver voltar da guerra que travou contra si

E se não voltar? Aqui, escrito e eternizado está.

Uma serenata de rap para uma mulher selvagem deixa quente o coração, sempre pra frente até quando anda pra trás que tipo a formiga cai alto, machuca e para nunca.


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